A Condição Humana. A natureza, as artes, as mulheres e também...os homens.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Serás sempre o meu herói!

Como qualquer criança e adolescente que levou com o pop, o kitsch e toda a propaganda americana nos anos 80, o meu super-herói só podia ser este. Aos oito anos gostava dele porque não era um gabarolas, era forte e lindo. Aos treze achava que voar nos braços dele sobre Nova Iorque devia ser mesmo romântico. Aos dezoito já o tinha trocado há algum tempo pelos namorados e pelo Bart Simpson. Aos vinte e três começei a trabalhar, entrei na era feminista e deixei de acreditar em super-poderes!
Agora, com trinta e três anos, reconheço que ele teve e tem uma importância fundamental enquanto referência masculina, o super-homem e o homem-ideal são uma e a mesma coisa! O homem perfeito é corajoso, discreto, descontraído, inteligente, perspicaz, franco, honesto, justo e altruísta, mas claro só existe na ficção, que é o mesmo que dizer nos meus sonhos!
A única diferença é que o super-homem ainda me consegue surpreender ao fim destes anos todos.
O Super-Homem que já estava suficientemente globalizado, decidiu agora aderir a uma ética global e descartar o patriotismo que o caracterizava.
O Super-Homem anunciou recentemente, num cartoon note-se, que vai renunciar à cidadania americana, não podia ser mais perfeito. Mas depois de alguma polémica a verdade nua e crua "Este reposicionamento faz sentido do ponto de vista comercial, em vésperas da apresentação em Hollywood de mais um filme do Super-Homem que depende, e muito, das receitas de bilheteira internacionais".
A colonização cultural americana reveste-se hoje de uma nova roupagem até porque, nas diferentes esferas, poucos sabem quem pertençe a quê. Outra conclusão o dinheiro é quem mais ordena...
Aos homens, de carne e osso, resta-lhes o consolo de que a perfeição não existe, nem para os super-heróis!

Sem comentários:

Enviar um comentário