O prémio atribuído ontem a Eduardo Souto Moura, em Washington, confirma a qualidade da arquitectura portuguesa, não é por acaso que a Arquitectura é uma das áreas de ensino mais em voga no nosso país. Como escreveu Judith Blau sobre os arquitectos norteamericanos "Muitos são os chamados; poucos os eleitos!".
Até porque somos repetentes, Siza Vieira, foi o primeiro arquitecto português a receber este prémio, em 92. Confesso que conheço melhor a obra de Siza do que de Souto Moura, nada mais natural atendendo a razões de ordem cronológica.
Sou uma apreciadora desta expressão que, combinando arte e técnica, é uma excelente indutora de bem-estar humano.
A cidade de Portalegre tem, desde 2008, uma obra de Souto Moura- a Escola de Hotelaria e Turismo, esperamos que passe a ser, entre outros, um dos atractivos da nossa cidade, capital do norte alentejano. Esta é de facto uma obra que se distingue e destaca, pela positiva, na paisagem, de tão bem enquadrada, lembro-me do impacto que teve em mim a primeira vez que a vi. Hoje passei lá e a sensação foi a mesma, não podemos deixar de reparar porque é ao mesmo tempo depurada, elegante e distinta. Enfim pura estética, porque é tudo isto mas não compete com a paisagem, antes a enaltece.
Ainda não tive disponibilidade para visitar a Casa das Histórias, em Cascais, mas este ano vai fazer parte do meu roteiro de férias.
É caso para dizer que nesta arte não me importava de habitar e como considero que a arte não se pode possuir, habitaria uma das suas obras sem necessidade nenhuma que ela se tornasse minha propriedade!
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