A cultura é um património universal da nossa civilização, a cultura é um caminho para a liberdade e um direito universal de pertença a um colectivo maior a HUMANIDADE!
Inspiro-me nas reflexões do alentejano Bento Jesus Caraça, Professor universitário e matemático, sobre o papel da cultura, consciência e liberdade.
'A aquisição da cultura significa uma elevação constante, servida por um florescimento do que há de melhor no homem e por um desenvolvimento sempre crescente de todas as suas qualidades potenciais, consideradas do quádruplo ponto de vista físico, intelectual, moral e artístico; significa, numa palavra, a conquista da liberdade.
E para atingir esse cume elevado, acessível a todo o homem, como homem, e não apenas a uma classe ou grupo, não há sacrifício que não mereça fazer-se, não há canseira que deva evitar-se. A pureza que se respira no alto compensa bem da fadiga da ladeira.(...) o que não deve nem pode ser monopólio de uma elite é a cultura; essa tem de reivindicar-se para a colectividade inteira, porque só com ela pode a humanidade tomar consciência de si própria, ditando a todo o momento a tonalidade geral da orientação às elites parciais.
Só deste modo poderá levar-se a bom termo a realização daquela tarefa essencial que atrás vimos ser o problema central posto às gerações de hoje - despertar a alma colectiva das massas.'
A cultura atingiu patamares de diversificação quer dos meios, a partir de novas tecnologias, quer das finalidades, por exemplo de lazer, que se tornou difícil de apreender enquanto expressão da alma colectiva.
E para atingir esse cume elevado, acessível a todo o homem, como homem, e não apenas a uma classe ou grupo, não há sacrifício que não mereça fazer-se, não há canseira que deva evitar-se. A pureza que se respira no alto compensa bem da fadiga da ladeira.(...) o que não deve nem pode ser monopólio de uma elite é a cultura; essa tem de reivindicar-se para a colectividade inteira, porque só com ela pode a humanidade tomar consciência de si própria, ditando a todo o momento a tonalidade geral da orientação às elites parciais.
Só deste modo poderá levar-se a bom termo a realização daquela tarefa essencial que atrás vimos ser o problema central posto às gerações de hoje - despertar a alma colectiva das massas.'
A cultura atingiu patamares de diversificação quer dos meios, a partir de novas tecnologias, quer das finalidades, por exemplo de lazer, que se tornou difícil de apreender enquanto expressão da alma colectiva.
Aquilo a que assistimos hoje, infelizmente, é ao domínio de uma cultura "light", mais consumível, que ocupou o lugar quer do património da cultura universal quer da produção de novas manifestações culturais e artísticas. Ao que parece a canseira da subida da ladeira deixou de compensar, hoje é tudo muito imediato e a cultura não é pão para a boca.
A cultura "light" é hoje um instrumento de alienação, uma servidão consentida e consensual; esta cultura é incapaz de criar solidariedade, consciência e de formar na liberdade do espírito.
A cultura pode ser a estética de uma época nas suas mais variadas expressões artísticas, ela é dinâmica e cumulativa ao mesmo tempo. Ela tem raízes fortes num determinado espaço e num determinado tempo, mas enquanto património colectivo passa para o referencial de diferentes épocas e de diferentes gerações.
O que mais importa é perceber se a cultura perdeu a sua função socializadora, não quero especular muito mas vou arriscar no não. Por isso defenda-se a cultura universal enquanto bem público a nível local e global!
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