Esta quadra convida todos os católicos a uma aproximação com o divino. E eu sinto-me metade fora e metade dentro desta procura de aproximação, apesar de não me considerar ateia, vivo uma relação distante com a religião e ao mesmo tempo muito próxima com o divino.
Quando surgiram as grandes religiões a sua preocupação central foi fixarem-nos aos territórios, sendentarizando-nos. Em seguida o seu projecto para humanidade determinava que para sermos felizes para sempre a nossa alma devia separar-se do corpo, asim atingiría o divino. Para darem um sentido mais humano a este argumento criaram o pecado.
Para Saramago o pecado não existe e é um instrumento opressor criado pelas religiões, talvez concorde já que a existência de pecado subtraí-nos as nossas paixões, principalmente as da alma.
O Homem soube, no entanto, responder à opressão das religiões e inventou as paixões do corpo, para isso afastou-se do divino e centrou-se no corpo. A partir daí o conforto, a qualidade de vida, segurança, riqueza passam a ser a procura central do Homem já evangelizado.
A destruição da natureza é ilimitada, porque para muitos é um mal necessário, porque a sua divindade perdeu valor. Se sabemos que todos os povos não evangelizados tinham uma relação com a natureza enquanto divindade, porque nos fizeram esquecer isso? Porque é que isto não é matéria dos manuais escolares?
O facto é que tudo confluí para que assim seja, mas não podemos por isso deixar de reflectir sobre a natureza hoje mais do que nunca vivemos porque vivemos na Era do Homem.
Hoje é o Dia da Terra, por isso oremos! Esta encontrei aqui, nunca estive na Indía mas já tive a experiência, simplesmente divina, de caminhar na selva da Sumatra e...encontrei esta divindade!
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